quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

UMA EQUIPA QUE SALVA VIDAS



Porto, Hospital de São João
Serviço de Cardiologia 6º Andar

Dia 10 de Dezembro de 2014





Diz-se que quem está doente vai ao médico.

Mas quando se está doente do coração, esse médico tem que ser um cardiologista.

No nosso caso, o coração começou a criar problemas em 2003, quando tivemos o primeiro Enfarte de Miocárdio.

Caindo redondamente no passeio de nossa rua, fomos assistido por  uma ambulância dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim que nos transportou à Urgência do Hospital Pedro O Pescador desta mesma Cidade.

Dada a gravidade da situação, fomos numa outra ambulância para o Hospital Pedro Hispano acompanhado por um médico e um enfermeiro onde entamos profundamente debilitado e conduzido de imediato para o Serviço de Cardiologia onde nos foi prestada toda a assistência pelo Professor Doutor Damião, Director daquele Serviço e por uma vasta equipa médica que, infelizmente não conseguiu resolver o nosso problema da melhor maneira.

Para verificar o estado do nosso coração, fomos fazer um exame de cateterismo cardíaco ao Hospital de São João na Cidade do Porto. 
Conclusão: esse órgão do nosso corpo estava a funcionar a 50%. Ficamos  internado no Pedro Hispano durante largo tempo e naquele hospital submetemo-nos a uma série de exames complementares de diagnóstico com o rigor determinado pelo Professor Damião.

Entretanto, dada a circunstância de haver no Pedro Hispano uma bactéria que poderia agravar a nossa situação, o Professor Damião achou por bem que fossemos para nossa casa, tendo sido  nomeada uma cardiologista de nomeada, Drª. Isabel Barros que nos prestou assistência durante vários anos.

No ano de 2004, fomos vitima de um novo Enfarte de Miocárdio. Dessa vez não fomos ao Hospital da Póvoa mas, directamente para o Pedro Hispano, onde chegámos praticamente sem oxigénio no sangue. 

Assistidos de imediato na urgência, fomos entregues à responsabilidade duma médica internista, a qual nos manteve internado durante cerca de quinze dias.

Com a Nota de Alta passada pela Drª.Isabel Barros fomos encaminhado para o nosso Médico de Família Dr.Victor Reis o qual nos endossou para as consultas do Hospital da Póvoa de Varzim no sentido de termos toda a assistência em casos de doenças de ordem vária.

Os anos passaram e de médico em médico fomos sendo assistidos no Hospital Pedro O Pesador.

Entretanto começámos a ser consultados no Pedro Hispano nas especialidades de Nefrologia e Oftalmologia.

Quando menos esperávamos recebemos uma informação que muito nos tranquilizou:
No Hospital da Póvoa de Varzim havia um cardiologista que era um excelente médico e dedicado aos seus doentes.

Marcamos uma consulta de imediato e fomos então recebidos com pompa e circunstância pelo Cardiologista Dr. Bruno Melica que atenciosamente nos prestou a melhor atenção. Conversa atrás de conversa, eis que surge uma novidade para eventual  solução do nosso coração: a implantação de um Cardio Desfibrilhador.
Podendo não aliviar muito a nossa situação cardíaca mas evitaria que as arritmias que eventualmente surgissem fossem travadas na sua agressividade e evitaria o possível efeito de Morte Súbita. 
Mas, disse-nos: essa aparelho só é implantado no Hospital de São João...e comprometeu-se a falar com o Serviço de Implantação CDI daquele hospital.

Entretanto passado cerca de um ano, voltando a nova consulta com o Dr. Bruno Melica, fomos informado que não tinha havido resposta do São João. 

Disse ainda que iria telefonar para saber em que situação se encontrava o problema.

Entretanto, por reforma do Dr. Victor Reis, passamos a ter como Médica de Família a Drª. Tatiana Soares, uma jovem médica que, desde o primeiro momento nos causou a melhor impressão. Esta médica interessou-se pelo nosso problema e aconselhou a sabermos o número do Processo no Serviço de Implantação CDI.

Nossa mulher, Maria Alice entrou em contacto com o São João e foi atendida generosamente pela responsável do aludido Serviço Drª. Raquel Garcia.

De imediato aquela médica se interessou pelo assunto e, passados três dias teve a gentileza de telefonar à minha mulher a marcar o dia a hora em que nos poderíamos deslocar àquele Serviço para um primeiro contacto.

E assim aconteceu. 

Poucos dias mais tarde, voltou a telefonar, desta vez para marcar a realização dum ecocardiograma.

Feito este exame cardiológico, não demorou em marcar o dia e hora para se proceder à Implantação CDI - precisamente para o dia 10 de Dezembro: hora - entre as 08h00 - 08H30.

UMA GRANDE EQUIPA

Dia 10 lá estávamos. Preparados para a Cirurgia que se impunha.

Foi então que nos apercebemos da alta competência da Drª. Raquel Soares e de sua equipa, a saber 

Técnica: Cristina Touguinha

Enfermeira: Florbela Silva

Enfermeira: Liliana Lemos

Praticamente sem podermos ver o que se passava à nossa volta no Bloco Operatório. toda a equipa chefiada pela Dr.ª Raquel Garcia, andava de um lado para o outro e no final dos preparativos efectuados pela Técnica e Enfermeiras, coube à Drª.a anestesia e respectiva implantação do CDI. 

Curioso: nem um ai, nem um gemido. O ambiente tornou-se familiar e todas aquelas auxiliares, com tão grande simpatia manifestavam competência e carinho para com o doente que estava a ser submetido a uma delicada cirurgia.

Costuma-se dizer: Com o coração não se brinca.

E a verdade é que aquelas jovens e simpáticas quatro mulheres rodeavam-nos com tanto amor e carinho que nos esquecemos que estávamos a ser sujeitos a um acto cirúrgico.

À nossa volta estava uma grande Equipa que aqui louvamos e agradecemos...

UMA EQUIPA QUE SALVA VIDAS






4 comentários:

  1. Depois de ter a alegria de poder ler este magnífico artigo, só posso dizer duas coisas:

    1º- "Tambem" estava lá,na sala de operações,juntinho ao mano querido dando-lhe a mão,tentando dar-lhe calma! ( Isto tudo espiritualmente ).

    2º- E agora digam lá que as mulheres são o sexo fraco!!!!! Alguem se atreve?

    Parabens por tudo estar a correr bem, graças a DEUS!

    E nada mais posso dizer, a não ser mandar um grande beijo de carinho e respeito ao meu querido mano Eduardo e outro à mana Maria Alice.

    Mana brincalhona Maria Manuela

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    1. A brincar...a brincar, o que é certo é que a mana me deu a honra de me acompanhar espiritualmente enquanto estava a ser sujeito à cirurgia.
      Foi uma grande honra. Mais uma vez, a nossa Gloriosa Amizade foi fantástica.
      Quero agradecer uma vez mais a gentileza da oferta de algo muito lindo que sensibilizou e emocionou estes seus manos.

      Beijinhos de nosso carinho.

      Manos Alice e Eduardo

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  2. Fiquei muito feliz por terem gostado.

    Quanto à sua cirurgia, já sabe como eu sou,vou e nem peço autorização!!

    Beiijos aos manos queridos da mana atrevida
    Maria Manuela

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